O Egito ptolomaico é um período da história do Egito que decorre entre 305 a.C., (ano em que um antigo general de Alexandre Magno, Ptolomeu I Sóter, se tornou rei do Egito), e 30 a.C quando a rainha Cleópatra VII foi derrotada e o Egito passou a ser integrado no Império Romano como província.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Skoob - Minha Biblioteca de Alexandria


Skoob - Minha Biblioteca de Alexandria


O sonho de todo leitor compulsivo é ter a sua propria biblioteca em casa, bem, foi através do skoob, um site de relacionamentos literario (uma especie de orkut para amantes de livros), que consegui descobrir que estou no caminho certo, tendo mais de 70 livros e lido quase todos, fora os que peguei emprestados de bibliotecas e amigos, rsrs...

livros que estou lendo agora: todos ptolomaicos

Bem, é lá que tenho postado minhas impressões através do "status de leitura" dos livros que estou lendo no momento (sim, livros, pq eu leio mais de um ao mesmo tempo, rsrs). Fora a oportunidade de trocar figurinhas com outros livros maniacos... Estou realmente amando o site! E se você também tem perfil no skoob, me procure por lá pra sermos amigos e trocarmos nossas figurinhas literarias também!

e como uma verdadeira "cleopatromaniaca", é claro que minha foto está um tanto quanto ptolomaica, rsrs

sábado, 30 de janeiro de 2010

Casamento Macedônico


Curiosidades sobre algumas tradições do mundo helenico:
O Casamento Macedônico

A dinastia ptolomaica era de origem greco-macedonica, portanto, é de se esperar que a grande maioria dos casamentos realizados dentro desta familia, seguisse a tradição macedônica. Abaixo, seguem alguns costumes e tradições que retirei do livro "A Casa da Aguia", o primeiro volume da Tetralogia dos Ptolomeus, de Duncan Sprott, que apesar de ser um romance, traz uma apurada pesquisa historica e narra muitos dos usos e costumes gregos e egípcios do periodo ptolomaico. Mas vamos a eles:

Os casamentos eram celebrados durante a lua cheia do mês de Gamelion, o mês sagrado de Hera, rainha dos deuses e padroeira dos casamentos.

A residência do noivo era decorada com louro e oliva e iluminada com tochas flamejantes.

Na véspera do casamento, as mulheres da familia da noiva, buscavam água na fonte da cidade para um banho ritual pré nupcial.

No dia do casamento, o noivo deveria estar trajando um khiton (túnica) branco novo, usando uma guirlanda e uma coroa de flores vermelhas, com o corpo untado dos pés à cabeça em mirra.

A noiva deveria usar um peplos novo, podendo ser branco ou não, preso com um "nó de Herakles" (que deveria ser desatado pelo noivo na noite de núpcias) e usar um véu adornado com uma grinalda de flores igualmente vermelhas, como as do noivo. O véu vermelho era sinal de bom presságio, apesar do véu branco ou azul serem bem populares também. A noiva deveria estar usando os melhores óleos e perfumes (os da Síria eram considerados os melhores na época dos Ptolomeus).

jóias do periodo: coroa estilo tiara com nó de herakles em ouro com pedras preciosas; diadema com nó de herakles toda em ouro; diadema de hera; cinto com nó de herakles; anel dourado de casamento.

Uma tradição era que o noivo usasse uma adaga de cabo preto atada ao cinto e a noiva usasse uma tesoura dentro de seu sapato esquerdo para cortar más influências que poderiam atormentar o futuro do casal.

As familias deveriam usar seus trajes mais finos e coroas de folhas de carvalho de ouro.

Durante o banquete cerimonial, tanto o noivo quanto a noiva, deveriam estar rodeados de muito amigos, que passariam a noite do banquete regados a vinho e com muitas azeitonas como tira-gosto. Ao casal, era servido bolo de sementes de gergelim, o prato nupcial símbolo de fertilidade e, aos convidados, pão.

O noivo deveria cantar as canções "do Corvo" e "da Andorinha", além de dançar muito, sendo acompanhado da noiva e dos convidados, ao som de liras, flautas, gaitas, tambores e muitas palmas que ditavam um ritmo que começava lento e ía aumentando até chegar ao frenesi. Quanto mais a noiva rodopiasse com graça ao som da musica, mais feliz seria o casamento.

Ao escurecer, o pai da noiva deveria passar a filha para as mãos do noivo. Então, o noivo poderia, finalmente, erguer o véu de sua esposa (a noiva, permaneceria coberta com o véu o tempo todo, até que chegasse o momento de o noivo ergue-lo após a troca de anéis de ouro). Essa cerimônia era chamada de ANAKLYPTERIA.

Após a cerimônia do véu, aconteceria a procissão de parentes, aonde todos, cantando à luz de tochas, acompanhariam a carruagem do casal pelas ruas da cidade, aonde a noiva carregaria a peneira e a grelha de bronze, símbolos das obrigações da dona de casa (mesmo que fosse uma mulher nobre e jamais precisasse desempenhar essas funções). Fazia parte da tradição que o pai do noivo aparecesse nessa procissão, usando uma láurea e, a mãe do noivo, segurando uma tocha flamejante para saudar a carruagem dos noivos e dar as boas vindas ao casal na residência do noivo.

A família e os amigos do noivo jogavam nozes e figos quando o casal cruzasse as portas da residência. E já na residência do casal, seria servido novamente aos noivos, uma refeição nupcial composta de bolo de gergelim, uma tâmara e um marmelo recheado com mel, símbolos de fertilidade.

Enquanto o casal estivesse no quarto, consumando o casamento, a festa continuava com os convidados cantando hinos nupciais, bem alto, para afugentar as más influencias (e abafar os gritos e gemidos da noiva, que sendo uma 'parthenos' - virgem - proavelmente se assustaria com o ato de consumação).

P.S. Nenhuma comida da cor vermelha poderia ser servida, pois vermelho era a cor da morte e as comidas dessa cor eram maus presságios num casamento, sendo usadas apenas em banquetes fúnebres.

by mara sop

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Analisando a Cleopatra de Shaw

Caesar & Cleopatra - part 2

Há pouco tempo atrás, foi postado nesse mesmo blog, uma coletanea de videos com a versão de 1976 de Cesar e Cleopatra inspirada na peça homonima de George Bernard Shaw.

Bem, Cleopatra VII foi a primeira celebridade da historia, e esse titulo lhe conferiu inumeras lendas que estão ligadas tão intrinsicamente ao seu nome, que a grande maioria das pessoas não sabe aonde termina a Cleopatra historica e começa a sedutora e inescrupulosa rainha da lenda.
Além das "lendas" criadas ao seu redor, ela também serviu de fonte para ilustres nomes da literatura mundial, e isso não quer dizer que a Cleopatra historica tenha prevalecido nessas obras literarias. Um desses grandes nomes supracitados, é justamente Bernard Shaw, escritor do final do periodo vitoriano que a retrata como a jovem e amedrontada princesa diante da tomada romana do Egito, na verdade, praticamente um retrato do estereotipo da mulher de sua época.
Para conhecer sua versão de Cesar e Cleopatra, basta ver os videos postados aqui, ou então, ver sua versão cinematografica com a explendida Vivien Leigh.


Comentarios 'não tão ptolomaicos' sobre Cesar & Cleopatra




Já na primeira cena, Cleopatra está escondida na Esfinge (sim, na Esfinge!) e dá de encontro com Julio Cesar, mas sem saber quem é aquele senhor tão distinto, lhe fala para procurar abrigo, pois os romanos estão chegando e Julio Cesar, seu comandante, é uma especie de monstro que come criancinhas...
Julio Cesar logo se encanta com a inocencia de Cleopatra e dá corda a seus medos, mas sempre jurando protegê-la deste temivel romano.
Já no palácio de Alexandria (que deveria ser ao lado da Esfinge, rs), Cesar lhe diz que ela deve se apresentar ao temivel romano como uma verdadeira rainha, e faz com que suas camareiras lhe vistam com todos os paramentos reais, enquanto a mimada Cleopatra as chicoteia por não fazerem tudo que ele manda imediatamente.
A "brincadeira" só termina quando os oficiais de Cesar entram no palacio de Alexandria e o saúdam como o grande Julio Cesar, e Cleopatra, aliviada e excitada, se joga nos braços de seu protetor.
A cena em que Cesar a introduz à toda corte alexandrina, mostra uma Cleopatra quase infantil diante de um irmão caçula que deveria, no minimo, ter uma reação muito mais "tola" do que a dela, mas ela continua sendo a menina mimada que só se importa em sentar-se no trono do Egito diante de seus inimigos, ao mesmo tempo em que não se importa nem um pouco em sentar-se aos pés de Cesar logo em seguida como uma criada qualquer. Mas o ápice das "peraltices" de Cleopatra está em se fazer embrulhar em um tapete (sim, a famosa historia do tapete se torna uma das situações mais bobas da peça de Shaw) e ser levada para a Ilha de Pharos, aonde Cesar estava no meio de uma batalha, apenas para ver o que ele estava fazendo e o que iria acontecer. Ou seja, além de tola e infantil, ainda é um peso morto!




Mas lembremos sempre que se trata de um classico da literatura, do teatro e do cinema, e portanto, deve ser conhecida por quem admira a historia de Cleopatra VII. A historia em si é engraçadinha, e Vivien está radiante no filme que serve apenas como entretenimento despretencioso, mas nunca como uma versão historica da rainha. Mas recomendo aos fãs de Cleopatra como arquivo de obras feitas sobre ela, assim como recomendo sua estória narrada por Shakespeare.



Curiosidades sobre Caesar and Cleopatra:


O escritor da peça, George Bernard Shaw colaborou diretamente com Caesar and Cleopatra, em sua versão de 1945, essa mesma estrelada por Vivien Leigh.
Após ver parte do filme nos estudios londrinos, Shaw remarcou, "Quantas possibilidades! São possibilidades ilimitadas! Aqui vocês tem o mundo todo para filmar!"

Existem também duas grandes produções desta mesma peça para a tv. A primeira feita em 1956, uma produção da NBC estrelada por Claire Bloom, Cedric Hardwicke, Farley Granger, Jack Hawkins e Judith Anderson.


Cena de Caesar and Cleopatra de 1976 com Claude Reims e Genevieve Bujold


A segunda versão é a de 1976, também da NBC, e estrelada por Geneviève Bujold, Alec Guinness, Clive Francis, Margaret Courtenay, e Iain Cuthbertson. Esta é a versão dos videos postados há pouco tempo aqui no blog.


Christopher Plummer no papel de Caesar em 2009
No festival de Stratford de 2009 foi feita uma produção estrelada por Christopher Plummer (o eterno Capital Von Trapp de "A Noviça Rebelde", no papel de Caesar, e Nikki M. James como Cleopatra, que foi distribuido para um numero bastante limitados de cinemas, mas acabou sendo lançado em DVD ainda durante o festival.

Vivien como Cleopatra em 1951

Vivien Leigh interpretaria Cleopatra novamente nos teatros em 1951, tanto na versão de Bernard Shaw "Caesar and Cleopatra", quanto na shakespeareana "Antony and Cleopatra", ambas ao lado de Laurence Olivier.



Acima, Vivien Leigh e Laurence Olivier em "Caesar and Cleopatra" e em "Antony and Cleopatra"

Em breve, Antonio e Cleopatra de Shakespeare! Por enquanto, fiquem com o trailer da versão cinematografica de Caesar & Cleopatra de Bernard Shaw de 1945, com Vivien Leigh e Claude Reims.



Cleopatra VII, a filha de Isis

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Era uma vez... o Reino da Macedonia




O Conto de Fadas dos Ptolomeus
by Mara Sop

Era uma vez, num reino muito distante chamado Macedônia, um principe que não perdia a oportunidade de arrumar belas jovens para a sua cama. Esse principe se chamava Felipe, e uma de suas belas concubinas se chamava Arsinoe.

Felipe ainda não era rei, pra isso, seu pai precisava morrer primeiro, mas tinha um grande potencial e ja era um excelente guerreiro.
Arsinoe, filha do nobre Meleagro, descendia de uma das mais nobres familias de Pella, a capital da Macedônia. Tudo seria muito lindo se a jovem Arsinoe não tivesse sido dada às pressas ao praticamente anônimo Lagus, e dado à luz poucos meses depois a um menino que chamaria de Ptolomaios, mais conhecido como Ptolomeu. Bem, quase uma década depois, Felipe ficou encantado pela bela e intrigante princesa de Épiro, Olympias, de apenas 16 anos!

Felipe e Olympias acabaram se casando, e tiveram dois filhos, Alexandre e Cleopatra.
Bem, Felipe podia ter se encantado com a princesa epirota, mas não abandonou velhos habitos, e Olympia era uma mulher de personalidade fortissima, não aceitava muito bem as outras mulheres de Felipe, assim como seus filhos com essas mesmas esposas, amantes ou concubinas. E se Olympia não era confiavel não só por ser uma especie de feiticeira, grã-sacerdotiza de Dionisio, mas também por ser uma mulher que não media esforços para atingir seus objetivos, suas rivais eram tão "confiaveis" quanto!
Mas aparentemente, tudo estava relativamente em harmonia: Felipe guerreava mais do que reinava, Olympias mandava em tudo, e seu filho Alexandre era o herdeiro do trono. Uma familia totalmente feliz, não é verdade?

A coisa só começou mesmo a pegar quando uma facção macedonica que não ía muito com a cara da rainha, conseguiu convencer Felipe de que um casamento com Cleopatra Eurydice, filha de um dos homens mais importantes da corte era o melhor que poderia acontecer à Macedonia, ja que, para os macedonicos, Olympias não poderia sequer ser considerada grega, era de Epiro, e o futuro do reino deveria estar em um herdeiro de sangue 100% macedonico, ou seja, um filho de Felipe com Cleopatra Eurydice, e não um principe "mestiço" como o filho de Olympias.

Olympias enlouqueceu com a situação, e ao lado de seu filho Alexandre, arrumou briga com todo mundo na festa de casamento de Felipe com a nova esposa, e ambos foram expulsos de Pella, embora algumas fontes digam que apenas Alexandre foi expulso, que Olympias teria ido embora por indignação e vontade propria.

Por dois anos, Olympias e Alexandre viveram em Epiros, até que diplomaticamente, Felipe os chamou de volta para fazer as pazes. Nessa ocasião, Felipe já tinha 2 filhos pequenos com a nova esposa, mas ainda garantia o direito ao trono pra Alexandre, além de renovar sua aliança com o reino de Epiro casando Cleopatra (sua filha com Olympias) com Alexandre de Epiro, irmão de Olympias e rei do reino vizinho. Sim, Felipe casou afilha com seu proprio tio, mas isso era comum na epoca, então não entremos em muitos detalhes, não é mesmo?

Enfim... Durante o casamento, Felipe foi assassinado, e até hoje não se pode ter certeza se Olympias estaria envolvida ou não na "encomenda" do crime, mas é fato que ela ficou muito feliz com a ocasião e prestou homenagens no tumulo do assassino do rei.

Agora Alexandre era rei, mas a Grecia estava unificada, Felipe não havia deixado nada para o jovem de 23 anos realizar em seu reinado, o que o jovem Alexandre faria para ter seu nome cantado pelos poetas? Ora, Olympias se dizia descendente do proprio Aquiles (o grande guerreiro da guerra de Tróia) através de seus filho Neoptolemos, que teria sido rei de Epiro, logo, seu antepassado. Como Alexandre poderia viver à sombra de Felipe, o grande unificador do Imperio Macedonico, e do lendario Aquiles? Não tinha como, então, ele decidiu que era hora de resolver as pendencias que a Grecia tinha com Darius III, o grande rei da Persia.

Mas o que tudo isso tem a ver com a historia de Felipe e Arsinoe, e ainda mais com o jovem Ptolomeu?

Ora, ora: Muito! Muito mesmo!

Ptolomeu era cerca de 10 anos mais velho que Alexandre, e quando regressou à Pella, para iniciar sua educação militar, foi nomeado "guarda-costas" do herdeiro do trono, Alexandre.
Ptolomeu pode não ter sido o amigo mais "chegado" de Alexandre, ja que não é segredo nenhum que o principe herdeiro e o jovem Hefestion não se desgrudavam desde criança, mas era sem duvida alguma, um de seus amigos mais confiaveis, tanto que o acompanhou por toda a sua vida, sendo um de seus mais fieies partidarios, e que futuramente seria um de seus sucessores, além do guardião de seu corpo.

Mas seria Ptolomeu meio-irmão de Alexandre, fruto do casinho de Felipe com a bela e nobre Arsinoe filha de Meleagro? Há quem acredite que não, já que Ptolomeu era chamado de filho de Lagus, e este seria o motivo pra um dos nomes de sua dinastia, os Lagidas.

Mas eu acredito que Ptolomeu era mesmo filho de Felipe com Arsinoe, por isso teve tantos privilegios quando chegou à corte, ficando logo de cara tão proximo ao principe herdeiro, tendo direito à mesma educação que Alexandre teve com o famoso Aristoteles, sendo um dos generais mais importantes do exercito macedonico e fundador da casa real mais duradoura do periodo helenico. Afinal, o filho de um nobre desconhecido não teria tantos privilegios assim, e Ptolomeu teve outros irmãos que não tiveram o mesmo destaque.
Nem mesmo Menelau, este sim, filho de Lagus e Arsinoe, conseguiu um destaque tão consideravel ao lado de Alexandre. De fato, Menelau deveu muito do que conseguiu à boa fama de seu irmão Ptolomeu. Mas isso já é uma outra parte da historia, e fica pra outra hora...

Por enquanto, Ptolomeu é guarda costas de Alexandre, e está de partida para guerrear contra o temivel e invencivel Darius III... O que será do nosso heroi?

Não percam os proximos capitulos!


O Conto de Fadas dos Ptolomeus by Mara Sop


domingo, 24 de janeiro de 2010

A Dinastia Ptolomaica

..
Ptolomeus ou Lágidas

A Dinastia ptolomaica foi uma dinastia de origem macedônica que governou o Egito entre 305 a.C. e 30 a.C. Recebe a designação de ptolomaica devido ao fato dos seus soberanos terem assumido o nome Ptolomeu (do grego Ptolemaios). É também conhecida como dinastia lágida em função do nome do "pai" do fundador da dinastia, Ptolomeu I, ser Lagos da Macedônia.

Bem, Ptolomeu I, fundador da dinastia, foi um dos generais de Alexandre Magno (o grande), e muito provavelmente, seu meio irmão, filho de uma das concubinas de Felipe II da Macedonia, apesar de ser chamado de "o filho de Lagos", mas isso já é historia pra outro post!



cartucho de Ptolomeu I Soter, fundador da dinastia

A dinastia insere-se no Período Helenístico, época que decorre entre a morte de Alexandre Magno e a ascensão do Império Romano, durante a qual se assistiu à difusão da civilização grega pela bacia do Mediterrâneo, criando novas formas artísticas, religiosas e políticas. Embora tivesse uma origem estrangeira, a dinastia ptolomaica respeitou a cultura egípcia, revivendo alguns dos seus aspectos do passado e adotando as suas divindades.


mapa do Império Ptolomaico em 200 a.C

Os faraós desta dinastia foram responsáveis por várias construções, entre as quais se destacam a cidade de Alexandria (com o seu farol e sua biblioteca), o templo de Hórus em Edfu e o de Isis em Philae.
 
Abaixo, a arvore genealogica simplificada dos Ptolomeus
 
 


Cleopatra VII, a filha de Isis

O Egito Helenico

...
Egito Helenico sim! A missão

O Egito ptolomaico é um período da história do Egito que decorre entre 305 a.C., (ano em que um antigo general de Alexandre Magno), Ptolomeu I Sóter, se tornou rei do Egito, e 30 a.C quando a rainha Cleópatra VII  foi derrotada e o Egito passou a ser integrado no Império Romano como província.


Ptolomeu I Soter e Cleopatra VII

Em 332 a.C. Alexandre Magno conquistou o Egito, onde foi acolhido pela população local como um libertador do país face ao domínio do Império Persa Aquemênida. Alexandre foi levado ao trono como faraó pelos sacerdotes egípcios e permaneceu durante seis meses no Egito para estabelecer o modelo administrativo do país. A cerimônia de coroação de Alexandre teve provavelmente lugar em Mênfis em 332 a.C.; segundo os relatos, Alexandre visitou no ano seguinte o oráculo de Amon no oásis de Siwa, onde o deus o teria reconhecido como seu filho, ao qual concedeu o domínio de todo o mundo.

No dia 7 de Abril de 333 a.C. Alexandre fundou na região ocidental do Delta do Nilo, a cidade de Alexandria, segundo um modelo de cidade grega. Alexandria seria a nova capital política do país, bem como o grande centro cultural e econômico do Mediterrâneo Oriental durante os próximos séculos.


Alexandre o Grande

Alexandre abandonou o Egito em Abril de 331 a.C. para prosseguir as suas conquistas territoriais que o levariam às portas da Índia, destruindo o Império Aquemênida. No seu regresso da Índia Alexandre adoeceu, vindo a falecer na Babilônia em 323 a.C., com apenas trinta e três anos de idade. Alexandre foi sucedido pelo seu filho, mas em pouco tempo o seu império foi dividido entre os seus generais. Em 305 a.C. um desses generais, Ptolemeu, que tinha sido sátrapa do Egito, tomou o título de basileus (rei) e inaugurou a dinastia ptolomaica.

Cleopatra VII, a filha de Isis

Caesar & Cleopatra by Bernard Shaw

Versão Rara de Caesar & Cleopatra



Ah poucos dias atrás abri uma conta no youtube apenas para postar videos historicos, documentarios e filmes baseados no Egito, e principalmente na Dinastia Ptolomaica.

Minha primeira "aventura" no mundo do youtube foram 7 videos de uma produção da tv feita em 1976 da peça de Bernard Shaw "Caesar & Cleopatra", com a talentosissima Geneviève Bujold (a Ana Bolena de "Ana dos Mil Dias"). Bem, essa versão é uma raridade, tenho procurado para baixar em torrent em melhor qualidade e não tenho conseguido, ja que a versão mais famosa é o filme de 1946 com Vivien Leigh (a Scarlett O'Hara de "... e o vento levou") no papel de Cleopatra.

Bem, espero que gostem dos videos!

Cleopatra VII, a filha de Isis

...

Caesar & Cleopatra















...

Em breve um comentario sobre a versão cinematografica de Caesar & Cleopatra com Vivien Leigh e Claude Reims nos papeis principais. Aguarde!

Cleopatra VII, a filha de Isis

O Egito Ptolomaico e o Mundo Helenico


...
Egito Helenico sim!
...


A grande maioria das pessoas que "amam o Egito Antigo" acreditam que todos os faraós egípcios eram nativos, que nunca houve influencia estrangeira, e pasmem, muita gente ainda acha que os deuses egípcios são cultuados tal qual na antiguidade.

Bem, na maior parte de sua historia, o Egito foi sim um estado soberano liderado por faraós nativos, mas nem por isso a influencia estrangeira era inexistente. Há relatos de ligações diplomaticas com diversos reinos vizinhos durante boa parte de sua historia, e muitas princesas estrangeiras foram incorporadas aos haréns dos faraós.

O Egito sofreu vários revezes em sua historia, passando por 3 periodos intermediarios, além de um periodo chamado "Baixa Época", no qual o poder faraônico passa definitivamente para as mãos estrangeiras até ser totalmente engolido por Roma.



Os ultimos governates do Egito foram os Lágidas, ou mais vulgarmente conhecidos como Ptolomeus, uma dinastia greco-macedônica, herdeiros de Alexandre o Grande.
Alexandre deu inicio à helenização de todos os lugares pelo qual passou, desde a Macedonia, seu lar de origem até a India, mas foi no Egito que ele deixou um dos maiores legados dessa época: a cidade de Alexandria!

O objetivo desse blog é trazer o conteudo estudado na comunidade Egito Ptolomaico do Orkut, da qual sou dona, aliando-os aos conteúdos de outras comunidades minhas como Os Seleucidas, Alexandria - Metrópole Cultural, As Cleopatras e Cleopatra - A filha de Isis.

Bem, aos poucos pretendo trazer muito conteúdo e novidades sobre o Periodo Ptolomaico e o Mundo Helenico do qual ele fez parte!



Cleopatra VII, a filha de Isis