Os casamentos eram celebrados durante a lua cheia do mês de Gamelion, o mês sagrado de Hera, rainha dos deuses e padroeira dos casamentos.
Na véspera do casamento, as mulheres da familia da noiva, buscavam água na fonte da cidade para um banho ritual pré nupcial.
No dia do casamento, o noivo deveria estar trajando um khiton (túnica) branco novo, usando uma guirlanda e uma coroa de flores vermelhas, com o corpo untado dos pés à cabeça em mirra.
A noiva deveria usar um peplos novo, podendo ser branco ou não, preso com um "nó de Herakles" (que deveria ser desatado pelo noivo na noite de núpcias) e usar um véu adornado com uma grinalda de flores igualmente vermelhas, como as do noivo. O véu vermelho era sinal de bom presságio, apesar do véu branco ou azul serem bem populares também. A noiva deveria estar usando os melhores óleos e perfumes (os da Síria eram considerados os melhores na época dos Ptolomeus).
jóias do periodo: coroa estilo tiara com nó de herakles em ouro com pedras preciosas; diadema com nó de herakles toda em ouro; diadema de hera; cinto com nó de herakles; anel dourado de casamento.
Uma tradição era que o noivo usasse uma adaga de cabo preto atada ao cinto e a noiva usasse uma tesoura dentro de seu sapato esquerdo para cortar más influências que poderiam atormentar o futuro do casal.
As familias deveriam usar seus trajes mais finos e coroas de folhas de carvalho de ouro.
Durante o banquete cerimonial, tanto o noivo quanto a noiva, deveriam estar rodeados de muito amigos, que passariam a noite do banquete regados a vinho e com muitas azeitonas como tira-gosto. Ao casal, era servido bolo de sementes de gergelim, o prato nupcial símbolo de fertilidade e, aos convidados, pão.
O noivo deveria cantar as canções "do Corvo" e "da Andorinha", além de dançar muito, sendo acompanhado da noiva e dos convidados, ao som de liras, flautas, gaitas, tambores e muitas palmas que ditavam um ritmo que começava lento e ía aumentando até chegar ao frenesi. Quanto mais a noiva rodopiasse com graça ao som da musica, mais feliz seria o casamento.
Ao escurecer, o pai da noiva deveria passar a filha para as mãos do noivo. Então, o noivo poderia, finalmente, erguer o véu de sua esposa (a noiva, permaneceria coberta com o véu o tempo todo, até que chegasse o momento de o noivo ergue-lo após a troca de anéis de ouro). Essa cerimônia era chamada de ANAKLYPTERIA.
Após a cerimônia do véu, aconteceria a procissão de parentes, aonde todos, cantando à luz de tochas, acompanhariam a carruagem do casal pelas ruas da cidade, aonde a noiva carregaria a peneira e a grelha de bronze, símbolos das obrigações da dona de casa (mesmo que fosse uma mulher nobre e jamais precisasse desempenhar essas funções). Fazia parte da tradição que o pai do noivo aparecesse nessa procissão, usando uma láurea e, a mãe do noivo, segurando uma tocha flamejante para saudar a carruagem dos noivos e dar as boas vindas ao casal na residência do noivo.
A família e os amigos do noivo jogavam nozes e figos quando o casal cruzasse as portas da residência. E já na residência do casal, seria servido novamente aos noivos, uma refeição nupcial composta de bolo de gergelim, uma tâmara e um marmelo recheado com mel, símbolos de fertilidade.
Enquanto o casal estivesse no quarto, consumando o casamento, a festa continuava com os convidados cantando hinos nupciais, bem alto, para afugentar as más influencias (e abafar os gritos e gemidos da noiva, que sendo uma 'parthenos' - virgem - proavelmente se assustaria com o ato de consumação).
P.S. Nenhuma comida da cor vermelha poderia ser servida, pois vermelho era a cor da morte e as comidas dessa cor eram maus presságios num casamento, sendo usadas apenas em banquetes fúnebres.
Enquanto o casal estivesse no quarto, consumando o casamento, a festa continuava com os convidados cantando hinos nupciais, bem alto, para afugentar as más influencias (e abafar os gritos e gemidos da noiva, que sendo uma 'parthenos' - virgem - proavelmente se assustaria com o ato de consumação).
P.S. Nenhuma comida da cor vermelha poderia ser servida, pois vermelho era a cor da morte e as comidas dessa cor eram maus presságios num casamento, sendo usadas apenas em banquetes fúnebres.
by mara sop
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