As Cleopatras
Dando continuidade à lista de Cleopatras ptolomaicas... Vamos às mais manipuladoras mães da dinastia...
Cleopatra II
Cleopatra IIA primeira Cleopatra a nascer dentro da dinastia Ptolomaica!
Esta Cleopatra, filha de Cleo I e Ptolomeu V, se casou com seus dois irmãos, Ptolomeu VI e Ptolomeu VIII, e foi mãe do breve Ptolomeu VII, que nunca chegou a reinar de fato.
De seu primeiro casamento, com Ptolomeu VI, ela teve Ptolomeu, Ptolomeu Eupator, Ptolomeu VII Neos Filopator, Cleopatra III, Cleopatra Thea, futura rainha da Siria, e de mais uma menina chamada Berenice que morreu ainda na infância. Cleo II teve ainda mais um filho com seu segundo marido, o também seu irmão, Ptolomeu VIII, e que como já era de se esperar, também se chamava Ptolomeu, mas é diferenciado dos outros pelo apelido de Menfita, por ter nascido no ano da coroação, que sempre acontecia em Menfis, de seu pai como novo faraó do Egito. Haja filho, não é?
Pelo que tudo indica, Cleo II se dava muito bem com o primeiro marido, que morreu vencedor durante mais uma das intermináveis guerras contra seus parentes selêucidas. Já com seu segundo marido, o casamento não foi tão tranqüilo assim.
Não muito tempo depois de se casar com Cleo II, Ptolomeu tomou a filha dela, Cleopatra III como esposa, formando assim um governo regido por 3 ao invés do tradicional casal real. Claro que essa solução inusitada de Ptolomeu VIII deixou um obvio mal estar entre mãe e filha.
Alguns anos após o casamento, Cleo II conseguiu dar um golpe de estado quando o restante da família fugiu pra Chipre devido às revoltas em Alexandria. Cleo II não perdeu tempo ao se declarar única governante do Egito e anunciar como faraó seu filho caçula, Ptolomeu Menfita, de apenas 12 anos de idade, que nem estava com ela em Alexandria, mas sim no Chipre com Ptolomeu VIII, Cleopatra III e sua penca de filhos. Digamos que ela assinou a sentença de morte do menino, pois Ptolomeu não pensou duas vezes em matar o próprio filho, esquartejá-lo e mandá-lo como presente de aniversario pra ela. Coisa de louco, não? Mas esses assassinatos em família eram muito comuns entre os Ptolomeus.
Não demorou muito pra Ptolomeu VIII conseguir voltar para o Egito, e Cleo II fugiu da ira do irmão-marido, pedindo refugio pra sua filha mais velha, Cleopatra Thea, casada com o rei selêucida Demetrios II, portanto a rainha da Siria.
Mas quem disse que essa Cleo se daria por vencida? Ela prometeu mundos e fundos pro genro em troca de um exercito pra tentar reconquistar seu trono, e é claro que o genro aceitou. Com Cleo II tendo o apoio e o exercito de Demetrios, Ptolomeu resolveu financiar um exercito à um pretende ao trono seleucida, Alexandre Zambinas, ocasionando numa longa guerra entre os sírios.
No meio de tanta confusão, Ptolomeu VIII, ou porque estava cansado de brigar ou porque sabia que não iria muito longe com a guerra, acabou fazendo as pazes com a irmã, lhe devolvendo o mesmo titulo de rainha que ela tinha antes do golpe. Eles não tiveram mais filhos, até porque ela já não tinha mais idade pra isso mesmo, mas nem por isso Cleo II deixou de interferir na vida dos netos, filhos de Ptolomeu VIII com Cleopatra III, e continuou super influente até a sua morte.
Pelo que tudo indica, Cleo II se dava muito bem com o primeiro marido, que morreu vencedor durante mais uma das intermináveis guerras contra seus parentes selêucidas. Já com seu segundo marido, o casamento não foi tão tranqüilo assim.
Não muito tempo depois de se casar com Cleo II, Ptolomeu tomou a filha dela, Cleopatra III como esposa, formando assim um governo regido por 3 ao invés do tradicional casal real. Claro que essa solução inusitada de Ptolomeu VIII deixou um obvio mal estar entre mãe e filha.
Alguns anos após o casamento, Cleo II conseguiu dar um golpe de estado quando o restante da família fugiu pra Chipre devido às revoltas em Alexandria. Cleo II não perdeu tempo ao se declarar única governante do Egito e anunciar como faraó seu filho caçula, Ptolomeu Menfita, de apenas 12 anos de idade, que nem estava com ela em Alexandria, mas sim no Chipre com Ptolomeu VIII, Cleopatra III e sua penca de filhos. Digamos que ela assinou a sentença de morte do menino, pois Ptolomeu não pensou duas vezes em matar o próprio filho, esquartejá-lo e mandá-lo como presente de aniversario pra ela. Coisa de louco, não? Mas esses assassinatos em família eram muito comuns entre os Ptolomeus.
Não demorou muito pra Ptolomeu VIII conseguir voltar para o Egito, e Cleo II fugiu da ira do irmão-marido, pedindo refugio pra sua filha mais velha, Cleopatra Thea, casada com o rei selêucida Demetrios II, portanto a rainha da Siria.
Mas quem disse que essa Cleo se daria por vencida? Ela prometeu mundos e fundos pro genro em troca de um exercito pra tentar reconquistar seu trono, e é claro que o genro aceitou. Com Cleo II tendo o apoio e o exercito de Demetrios, Ptolomeu resolveu financiar um exercito à um pretende ao trono seleucida, Alexandre Zambinas, ocasionando numa longa guerra entre os sírios.
No meio de tanta confusão, Ptolomeu VIII, ou porque estava cansado de brigar ou porque sabia que não iria muito longe com a guerra, acabou fazendo as pazes com a irmã, lhe devolvendo o mesmo titulo de rainha que ela tinha antes do golpe. Eles não tiveram mais filhos, até porque ela já não tinha mais idade pra isso mesmo, mas nem por isso Cleo II deixou de interferir na vida dos netos, filhos de Ptolomeu VIII com Cleopatra III, e continuou super influente até a sua morte.
Cleopatra Thea
moeda do casamento de Cleopatra Thea e Alexandre Balas
moeda do casamento de Cleopatra Thea e Alexandre BalasCleo Thea foi uma das mais importantes rainhas selêucidas, filha mais velha de Cleopatra II e Ptolomeu VI, mas acabou mesmo casando com Alexandre I Balas, rei da Siria. O casal chegou a ter um filho, Antioco VI Dionisio, mas como Alexandre Balas não se mostrou muito competente como rei, Ptolomeu VI desfez o casamento dos dois.
No mesmo ano, ela casou com Demetrio II Nicanor, com quem ela teve Seleuco V Filometor, Antioco VIII Grypos e uma filha que muito provavelmente se chamava Laodice, um nome muito comum dentro da dinastia selêucida. O casamento dos dois foi desfeito durante o cativeiro de Demetrio por Mithridates I, rei da Partia, mas assim que Demetrio foi resgatado por Phraates II, Cleo Thea o aceitou de volta, e continuou com ele até sua morte.
O cativeiro de Demetrio durou 10 anos, e durante esse tempo, Cleo Thea casou então com o cunhado mais novo, Antioco VII Sidetes. O casamento durou poucos anos, pois Antioco morreu durante sua guerra contra o mesmo Phraates que resgataria seu irmão, mas apesar dos poucos anos, deu tempo de terem mais uma leva de filhos, 2 meninas que provavelmente também se chamavam Laodice (quanta criatividade!), Antioco, Seleuco e Antioco IX Cyzicenus que se casaria com uma de suas sobrinhas. Desses filhos, só Antiochus IX Cyzicenus sobreviveu à infância pois Cleo Thea o mandou para Cyzicos, uma cidade da Ásia Menor, pra protege-lo do tio que reassumiria o trono e o casamento com Cleo Thea.
Mas além de parideira, Cleo Thea era inteligentíssima e poderosa! Ela exerceu uma enorme influencia no reinado de seus 3 maridos e de seus filhos que os sucederam, e quando sua mãe, Cleopatra II, pediu asilo à ela e a seu marido durante sua guerra civil contra Ptolomeu VIII e Cleopatra III, Demetrio não só apoiou a causa da sogra, quanto lhe deu um exercito pra lutar contra os reis do Egito. Cleo Thea também reinou sozinha sobre a Fenicia e parte da Siria após a morte de Demetrio, além de dividir o governo do restante da Siria com seus filhos Seleuco e Grypos.
Seu filho mais velho, Seleuco V Filometor, assumiu o trono logo depois da morte do pai sem a autorização dela, e passou a reinar ao lado de Cleo Thea. Conspirando com Gripos, Cleo Thea envenenou Seleuco e pos Grypos no trono, que passou a se chamar Antioco VIII Grypos.
Tudo ia muito bem pra Cleo Thea até Grypos se casar com Trifena, sobrinha dela. As duas não se deram nada bem, e passaram a disputar sua influencia sobre Seleuco. Como ela começou a sentir sua influencia sobre o filho diminuir, Cleo Thea resolveu então que a solução era envenenar esse filho também, mas ele desconfiou e fez com ela bebesse seu próprio veneno.
No mesmo ano, ela casou com Demetrio II Nicanor, com quem ela teve Seleuco V Filometor, Antioco VIII Grypos e uma filha que muito provavelmente se chamava Laodice, um nome muito comum dentro da dinastia selêucida. O casamento dos dois foi desfeito durante o cativeiro de Demetrio por Mithridates I, rei da Partia, mas assim que Demetrio foi resgatado por Phraates II, Cleo Thea o aceitou de volta, e continuou com ele até sua morte.
O cativeiro de Demetrio durou 10 anos, e durante esse tempo, Cleo Thea casou então com o cunhado mais novo, Antioco VII Sidetes. O casamento durou poucos anos, pois Antioco morreu durante sua guerra contra o mesmo Phraates que resgataria seu irmão, mas apesar dos poucos anos, deu tempo de terem mais uma leva de filhos, 2 meninas que provavelmente também se chamavam Laodice (quanta criatividade!), Antioco, Seleuco e Antioco IX Cyzicenus que se casaria com uma de suas sobrinhas. Desses filhos, só Antiochus IX Cyzicenus sobreviveu à infância pois Cleo Thea o mandou para Cyzicos, uma cidade da Ásia Menor, pra protege-lo do tio que reassumiria o trono e o casamento com Cleo Thea.
Mas além de parideira, Cleo Thea era inteligentíssima e poderosa! Ela exerceu uma enorme influencia no reinado de seus 3 maridos e de seus filhos que os sucederam, e quando sua mãe, Cleopatra II, pediu asilo à ela e a seu marido durante sua guerra civil contra Ptolomeu VIII e Cleopatra III, Demetrio não só apoiou a causa da sogra, quanto lhe deu um exercito pra lutar contra os reis do Egito. Cleo Thea também reinou sozinha sobre a Fenicia e parte da Siria após a morte de Demetrio, além de dividir o governo do restante da Siria com seus filhos Seleuco e Grypos.
Seu filho mais velho, Seleuco V Filometor, assumiu o trono logo depois da morte do pai sem a autorização dela, e passou a reinar ao lado de Cleo Thea. Conspirando com Gripos, Cleo Thea envenenou Seleuco e pos Grypos no trono, que passou a se chamar Antioco VIII Grypos.
Tudo ia muito bem pra Cleo Thea até Grypos se casar com Trifena, sobrinha dela. As duas não se deram nada bem, e passaram a disputar sua influencia sobre Seleuco. Como ela começou a sentir sua influencia sobre o filho diminuir, Cleo Thea resolveu então que a solução era envenenar esse filho também, mas ele desconfiou e fez com ela bebesse seu próprio veneno.
Cleopatra III
Cleopatra II e Cleopatra III reinando juntas
A filha de Cleopatra II, Cleo III, pode ter aturado o gênio terrível da mãe, mas nem por isso deixou de herdá-lo.
A jovem princesa não agüentou esperar até que seu irmãozinho ainda no útero nascesse pra se tornar rainha, e acabou se casando com seu tio, Ptolomeu VIII, que recentemente havia se casado com sua mãe. Claro que ela não gostava muito do marido, que era extremamente gordo e feio, e sua primeira vez com ele foi através de um estupro ainda quando era adolescente, mas mesmo após esse episodio hediondo, ela se casou com ele e teve uma penca de filhos e filhas, aos quais ela manipulava politicamente ao seu favor sem o menor pudor.
Mãe dos faraós Ptolomeu IX Soter e Ptolomeu X Alexandre, e das futuras rainhas Cleopatra IV, Trifena (que não se sabe se acrescentou ou não o nome Cleopatra ao seu, mas é mais provável que não) e Cleopatra Selene I, ela fazia uma verdadeira dança das cadeiras com os filhos no trono do Egito e nas relações egípcias com a Síria.
A verdade é que ela não ia muito com a cara de seu filho mais velho, Ptolomeu IX, nem da irmã-esposa dele, sua filha Cleopatra IV, e fez de tudo pra que eles deixasse de reinar em favor de seu filho mais novo, provavelmente mais fácil de ser manipulado que o mais velho.
Ptolomeu X Alexandre era rei do Chipre. O Chipre, aliás, era o reino secundário dos Ptolomeus. Os principes mais jovens que teriam pretensões ao trono (isso se não fossem assassinados antes, claro!) eram mandados pra lá pra reinar sob os olhos do faraó, e também como uma espécie de seguro de vida, já que não era muito seguro pros Ptolomeus homens ficarem por muito tempo em Alexandria. Os Ptolomeus não eram apenas grandes conspiradores, mas também extremamente paranóicos, e pra isso, era melhor se livrar de tios, primos, irmãos e sobrinhos que pudessem representar alguma ameaça ao faraó reinante.
Ptolomeu X Alexandre era rei do Chipre. O Chipre, aliás, era o reino secundário dos Ptolomeus. Os principes mais jovens que teriam pretensões ao trono (isso se não fossem assassinados antes, claro!) eram mandados pra lá pra reinar sob os olhos do faraó, e também como uma espécie de seguro de vida, já que não era muito seguro pros Ptolomeus homens ficarem por muito tempo em Alexandria. Os Ptolomeus não eram apenas grandes conspiradores, mas também extremamente paranóicos, e pra isso, era melhor se livrar de tios, primos, irmãos e sobrinhos que pudessem representar alguma ameaça ao faraó reinante.
Mas voltando, Cleo III fez que fez que conseguiu depor o filho mais velho e colocar o mais novo no trono. Fez suas filhas se casarem e se divorciarem dos irmãos e dos primos do lado selêucida da família, tudo pra garantir a sua influencia como rainha do Egito, mesmo que fosse apenas como rainha mãe. Tudo dependia do “bom gênio” de cada filho pra ser favorecido pela mamãe Cleo.
Como Ptolomeu VIII havia associado o casal de filhos mais velhos, Ptolomeu IX e Cleopatra IV ao trono ainda em vida, Cleo III teve que se conformar por mante-los no poder por um tempo após a morte do marido. Mas na primeira oportunidade, divorciou os dois usando como motivo o fato do casamento deles ter acontecido antes de Ptolomeu IX ser coroado faraó, e que portanto era ilegal pra um casal real. Ela não deu nem a oportunidade de que se casassem novamente sob as tradições faraônicas e expulsou Cleopatra IV do Egito, colocando Cleopatra Selene no lugar dela como nova rainha do Egito e esposa legitima de Ptolomeu IX.
Passado mais alguns anos, Cleo III finalmente conseguiu expulsar Ptolomeu IX do trono também, trazendo Ptolomeu Alexandre do Chipre e o coroando faraó ao lado de Cleopatra Selene. Mas Selene também não deve ter se mostrado tão cordata quanto Cleo III gostaria, e logo foi despachada pra Siria, pra se casar com seu cunhado Antioco VIII Grypos que estava viuvo de Trifena.
Cleo III reinou soberana ao lado de Ptolomeu X Alexandre, com quem, dizem as as más linguas, ela tinha uma relação um tanto quanto escandalosa mesmo pros padrões ptolomaicos, tanto que ela recebeu o apelido de Kokke, algo como "promiscua", isso sendo bem genereosa com o significado desse apelido, rsrs... O fato é que mamãe Cleo III era quem mandava em tudo, e aos poucos isso começou a incomodar muito Ptolomeu X Alexandre, que em uma de suas famosas bebedeiras, acabou estrangulando Cleo III até a morte.
Como Ptolomeu VIII havia associado o casal de filhos mais velhos, Ptolomeu IX e Cleopatra IV ao trono ainda em vida, Cleo III teve que se conformar por mante-los no poder por um tempo após a morte do marido. Mas na primeira oportunidade, divorciou os dois usando como motivo o fato do casamento deles ter acontecido antes de Ptolomeu IX ser coroado faraó, e que portanto era ilegal pra um casal real. Ela não deu nem a oportunidade de que se casassem novamente sob as tradições faraônicas e expulsou Cleopatra IV do Egito, colocando Cleopatra Selene no lugar dela como nova rainha do Egito e esposa legitima de Ptolomeu IX.
Passado mais alguns anos, Cleo III finalmente conseguiu expulsar Ptolomeu IX do trono também, trazendo Ptolomeu Alexandre do Chipre e o coroando faraó ao lado de Cleopatra Selene. Mas Selene também não deve ter se mostrado tão cordata quanto Cleo III gostaria, e logo foi despachada pra Siria, pra se casar com seu cunhado Antioco VIII Grypos que estava viuvo de Trifena.
Cleo III reinou soberana ao lado de Ptolomeu X Alexandre, com quem, dizem as as más linguas, ela tinha uma relação um tanto quanto escandalosa mesmo pros padrões ptolomaicos, tanto que ela recebeu o apelido de Kokke, algo como "promiscua", isso sendo bem genereosa com o significado desse apelido, rsrs... O fato é que mamãe Cleo III era quem mandava em tudo, e aos poucos isso começou a incomodar muito Ptolomeu X Alexandre, que em uma de suas famosas bebedeiras, acabou estrangulando Cleo III até a morte.
A única de suas filhas que não sentou no trono do Egito foi Trifena, que se casou ainda no reinado de Ptolomeu VIII, com seu primo, o rei da Siria, Antiocos VIII Grifos, o filho mais novo de sua tia Cleopatra Thea.
Cleopatra IV
Filha mais velha de Cleo III e Ptolomeu VIII. Possivel mãe de Ptolomeu XII, portanto avó de Cleo VII.
Das filhas de Ptolomeu VIII e Cleopatra III ela foi a primeira a se casar com o irmão Ptolomeu IX e assumir o reino. Mas sua mãe não estava muito satisfeita com o casal real vigente e divorciou os dois, Cleo IV teve que deixar o Egito, e foi pro Chipre, aonde seu irmão Ptolomeu Alexandre era rei, mas não conseguiu nem seu apoio e nem uma proposta de casamento. Sem alguém que apoiasse sua causa, Cleo IV foi então pra Síria, pra corte de sua irmã Trifena que estava casada com o rei seleucida, Antioco VIII Grypos, mas acabou sentindo que ali seria apenas uma hospede, na primeira oportunidade, ela fugiu se casar com Antiochus IX Cyzicenus, principal opositor de seu cunhado.
Os dois casais tornaram a guerra ainda mais acirrada, irmão contra irmão, irmã contra irmã! Tanto que na primeira oportunidade, Antioco VIII Grypos e Trifena capturaram Cleo IV, e sob as ordens de Trifena, ela foi executada dentro do Santuario de Dafne em Antióquia. As acusações pelas quais Trifena condenou a irmã foram a interferencia nos exercitos estrangeiros em disputa pelo trono seleucida, e ter se casado fora do Egito sem o consentimento de sua mãe, Cleopatra III. Grypos até tentou interceder e poupar Cleo IV por ser mulher, além de ser de linhagem real, mas Trifena não quis saber e mandou executa-la de qualquer maneira. Claro que o marido de Cleo IV não ficou nada feliz com esse desfecho, e capturou Trifena, mandando torturá-la antes de finalmente executa-la pela morte da irmã.
Com Cyzicenus, Cleo IV teve um unico filho, Antioco X Eusebes, que se casaria com Ceopatra Selene, a irmã mais nova de Cleo IV e Trifena.
Com o divorcio forçado promovido por sua mãe, os filhos dela com seu irmão foram dados como ilegítimos não estando aptos ao trono. E acredita-se que Ptolomeu XII Auletes e Ptolomeu Chipriota fossem filhos desse primeiro casamento entre Cleo IV e Ptolomeu IX, e portanto, apesar de não poder ser considerado legitimo por não ser filho de rei quando nasceu, Ptolomeu XII ainda assim ainda era real o bastante pra ser validado como faraó.
Cleopatra III Kokke
Das filhas de Ptolomeu VIII e Cleopatra III ela foi a primeira a se casar com o irmão Ptolomeu IX e assumir o reino. Mas sua mãe não estava muito satisfeita com o casal real vigente e divorciou os dois, Cleo IV teve que deixar o Egito, e foi pro Chipre, aonde seu irmão Ptolomeu Alexandre era rei, mas não conseguiu nem seu apoio e nem uma proposta de casamento. Sem alguém que apoiasse sua causa, Cleo IV foi então pra Síria, pra corte de sua irmã Trifena que estava casada com o rei seleucida, Antioco VIII Grypos, mas acabou sentindo que ali seria apenas uma hospede, na primeira oportunidade, ela fugiu se casar com Antiochus IX Cyzicenus, principal opositor de seu cunhado.
Os dois casais tornaram a guerra ainda mais acirrada, irmão contra irmão, irmã contra irmã! Tanto que na primeira oportunidade, Antioco VIII Grypos e Trifena capturaram Cleo IV, e sob as ordens de Trifena, ela foi executada dentro do Santuario de Dafne em Antióquia. As acusações pelas quais Trifena condenou a irmã foram a interferencia nos exercitos estrangeiros em disputa pelo trono seleucida, e ter se casado fora do Egito sem o consentimento de sua mãe, Cleopatra III. Grypos até tentou interceder e poupar Cleo IV por ser mulher, além de ser de linhagem real, mas Trifena não quis saber e mandou executa-la de qualquer maneira. Claro que o marido de Cleo IV não ficou nada feliz com esse desfecho, e capturou Trifena, mandando torturá-la antes de finalmente executa-la pela morte da irmã.
Com Cyzicenus, Cleo IV teve um unico filho, Antioco X Eusebes, que se casaria com Ceopatra Selene, a irmã mais nova de Cleo IV e Trifena.
Com o divorcio forçado promovido por sua mãe, os filhos dela com seu irmão foram dados como ilegítimos não estando aptos ao trono. E acredita-se que Ptolomeu XII Auletes e Ptolomeu Chipriota fossem filhos desse primeiro casamento entre Cleo IV e Ptolomeu IX, e portanto, apesar de não poder ser considerado legitimo por não ser filho de rei quando nasceu, Ptolomeu XII ainda assim ainda era real o bastante pra ser validado como faraó.
Cleopatra III Kokke'Cleopatra' Tryphaena da Síria
Não chegou a ser rainha do Egito, e por isso, é provavel não ter incorporado o nome-titulo 'Cleopatra' ao seu nome de nascença, mas sua história está tão embaraçada na das suas irmãs e mãe que é impossivel não falar dela por aqui!
Trifena era a segunda filha de Ptolomeu VIII e Cleopatra III, e após o fim da guerra entre seus pais e sua avó Cleopatra II, seu pai resolveu dá-la em casamento ao seu primo e novo rei da Siria, Antioco VIII Grypos, como forma de selar a paz entre os dois reinos. Claro que junto com o dote, Trifena levou com ela um exercito pra auxiliar o novo marido na guerra civil contra seu meio-irmão Antioco IX Cizycenus.
Chegando na Siria, Trifena deu de cara com uma sogra poderosa e influente que mandava e desmandava em seu marido. Essa sogra era sua tia Cleopatra Thea. Sogra-tia e nora-sobrinha não se deram nada bem logo de cara, conspirando uma contra a outra na tentativa de se sobressair em influencia e poder sobre Grypos, até que Cleopatra Thea acabou sendo pega no flagra ao tentar eliminar o próprio filho, e acabou ela mesma provando de seu próprio veneno. Claro que após a morte da tia-sogra, Trifena pode reinar sozinha ao lado do marido.
Livres pra reinar sem a interferencia de Cleopatra Thea, o casal teve 5 filhos, Seleuco VI Epifanes, os gemeos Antioco XI Epifanes e Felipe I Filadelfos, Demetrio III Eucaeros, e Antioco XII Dionisios e uma filha Laodice, que se tornaria a esposa de Mithridates I Callinicus, e antepassada de varios reis e rainhas da Asia Menor.
Tudo estava muito bom até sua irmã mais velha, Cleopatra IV chegar na Siria pedindo ajuda pra reconquistar seu trono, já que a mãe delas tinha convenientemente divorciado Cleo IV de Ptolomeu IX pra casa-lo com a obediente Cleopatra Selene, a irmã caçula deles. Trifena não deve ter dado muita atenção pra causa da irmã que na primeira oportunidade fugiu pra se encontrar com o meio-irmão de Grypos, Antioco IX Cizycenus, e se casou com ele. Cizycenus e Grypos já estavam em guerra há anos, desde a epoca da guerra civil entre Cleopatra II e Ptolomeu VIII.
Grypos acabou derrotando seu irmão, tomando Antioquia, aonde Cleopatra IV estava escondida no Santuario de Dafne. Na antiguidade, os templos eram considerados lugares neutros, aonde não se podia tirar um refugiado por pior que fosse o crime cometido por ele. Mas Trifena ordenou a morte da irmã dentro do santuario mesmo. No ano seguinte, Cizycenus derrotou Grypos em uma outra batalha, e aprisionou Trifena. Como vingança pela morte da esposa, ele torturou Trifena até à morte.
Trifena era a segunda filha de Ptolomeu VIII e Cleopatra III, e após o fim da guerra entre seus pais e sua avó Cleopatra II, seu pai resolveu dá-la em casamento ao seu primo e novo rei da Siria, Antioco VIII Grypos, como forma de selar a paz entre os dois reinos. Claro que junto com o dote, Trifena levou com ela um exercito pra auxiliar o novo marido na guerra civil contra seu meio-irmão Antioco IX Cizycenus.
Chegando na Siria, Trifena deu de cara com uma sogra poderosa e influente que mandava e desmandava em seu marido. Essa sogra era sua tia Cleopatra Thea. Sogra-tia e nora-sobrinha não se deram nada bem logo de cara, conspirando uma contra a outra na tentativa de se sobressair em influencia e poder sobre Grypos, até que Cleopatra Thea acabou sendo pega no flagra ao tentar eliminar o próprio filho, e acabou ela mesma provando de seu próprio veneno. Claro que após a morte da tia-sogra, Trifena pode reinar sozinha ao lado do marido.
Livres pra reinar sem a interferencia de Cleopatra Thea, o casal teve 5 filhos, Seleuco VI Epifanes, os gemeos Antioco XI Epifanes e Felipe I Filadelfos, Demetrio III Eucaeros, e Antioco XII Dionisios e uma filha Laodice, que se tornaria a esposa de Mithridates I Callinicus, e antepassada de varios reis e rainhas da Asia Menor.
Tudo estava muito bom até sua irmã mais velha, Cleopatra IV chegar na Siria pedindo ajuda pra reconquistar seu trono, já que a mãe delas tinha convenientemente divorciado Cleo IV de Ptolomeu IX pra casa-lo com a obediente Cleopatra Selene, a irmã caçula deles. Trifena não deve ter dado muita atenção pra causa da irmã que na primeira oportunidade fugiu pra se encontrar com o meio-irmão de Grypos, Antioco IX Cizycenus, e se casou com ele. Cizycenus e Grypos já estavam em guerra há anos, desde a epoca da guerra civil entre Cleopatra II e Ptolomeu VIII.
Grypos acabou derrotando seu irmão, tomando Antioquia, aonde Cleopatra IV estava escondida no Santuario de Dafne. Na antiguidade, os templos eram considerados lugares neutros, aonde não se podia tirar um refugiado por pior que fosse o crime cometido por ele. Mas Trifena ordenou a morte da irmã dentro do santuario mesmo. No ano seguinte, Cizycenus derrotou Grypos em uma outra batalha, e aprisionou Trifena. Como vingança pela morte da esposa, ele torturou Trifena até à morte.
'Cleopatra' V Selene I
Cleopatra Selene I
Filha caçula de Cleopatra III e Ptolomeu VIII, foi a que mais serviu de joguete da mãe em casamentos diplomaticos.
Selene não nasceu Cleopatra, e acabou adicionando o nome-titulo quando se casou com seu irmão, Ptolomeu IX Soter e se tornou rainha. Mas mesmo sendo rainha, Selene não foi feita co-regente, já que Cleopatra III continuou sendo a rainha do Egito ao lado do filho.
Selene teve pelo menos uma filha de Ptolomeu IX, Berenice III, mas acredita-se que ela teve pelo menos mais uma criança dessa união.
Cleopatra III não gostava muito de dividir o governo com Ptolomeu IX, e vivia conspirando com seu outro filho, Ptolomeu Alexandre, a deposição do filho mais velho. Na primeira oportunidade que teve, trocou um filho pelo outro, casando Selene com Ptolomeu Alexandre.
Pra fortalecer uma aliança com a Siria, já que suas duas filhas haviam morrido por causa de suas brigas pelo poder, Cleopatra III casou Selene com Antioco VIII Grypos, viúvo de Trifena. Grypos e Cyzicenus ainda estavam em guerra mesmo após a morte de suas esposas, e Grypos acabou morrendo alguns anos depois do casamento com Selene, e o irmão vitorioso, Cizycenus, acabou conquistando a capital da Siria, Antioquia, e casando com Selene. Selene casou-se tanto com o viuvo de sua irmã Trifena, quanto com o de sua irmã Cleopatra IV. Confuso, não? Mas se você achou confuso ela ter se casado com o ex-marido e com o viuvo de uma irmã, e com o viuvo da outra, vai se surpreender quando souber que ela se casou ainda uma vez mais.
Cizycenus ficou mais ou menos um ano no trono e acabou deposto e morto pelo sobrinho e filho de Grypos com Trifena, Seleuco VI Epifanes. Se antes o imperio seleucida estava sendo disputado pelos meio-irmão Grypos e Cizycinus, agora estava sendo disputa entre os filhos de cada um deles, Seleuco VI Epifanes e Antioco X Eusebes. Eusebes acabou vencendo o primo, e advinhem com quem ele casou? Com a tia Selene!
Eusebes e Selene tiveram 2 filhos, Antiochus XIII Asiaticus e Seleucus VII Kybiosaktes. Kybiosaktes seria o primeiro marido de Berenice IV, a irmã mais velha da famosa Cleo. Eusebes morreu alguns anos depois em guerra contra a Partia, e Selene fugiu pra Cilicia com os filhos.
Quando o recém coroado faraó Ptolomeu XI Alexandre morreu, o Egito ficou sem um herdeiro tido como certo pra sucedê-lo, e Selene tentou conseguir o trono egípcio pra um de seus filhos, alegando que os únicos principes legitimos pra assumir o trono seriam seus descendentes, e inclusive mandou os dois com uma embaixada à Roma pra tentar conseguir o apoio militar romano que na época já estava mandando em todos os países mediterraneos, mesmo que de forma velada e indireta. Mas Roma não deu muita atenção para os pedidos de Selene e Ptolomeu XII, o pai da famosa Cleo, acabou assumindo o trono.
Selene acabou sendo capturada por Tigranes o Grande da Armenia, que a matou brutalmente. Seu filho mais velho, Antioco XIII Asiatico tentou em vão reunificar o reino, e em poucos anos, o Imperio Seleucida foi incorporado por Roma.
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No proximo post falarei da última descendente totalmente legítima dos Ptolomeus, Berenice III 'Cleopatra', da possivel mãe da famosa Cleo, Cleopatra V ou VI Tryphaena, e da irmã mais velha da Cleo, Berenice IV 'Cleopatra'.
Aguarde que ainda falarei da Cleo, de sua irmã Arsinoe, que apesar de não ser Cleopatra, seria totalmente digna do nome-titulo, e de Cleo Selene, a filha da Cleo e do Marco Antonio.
Aguarde!
;)
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