O Egito ptolomaico é um período da história do Egito que decorre entre 305 a.C., (ano em que um antigo general de Alexandre Magno, Ptolomeu I Sóter, se tornou rei do Egito), e 30 a.C quando a rainha Cleópatra VII foi derrotada e o Egito passou a ser integrado no Império Romano como província.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Aproveitando promoções

Absorvendo Aléxandros




Bem, esse é um post meio off e meio on, já que não vou falar sobre um periodo ou personagem historico como foco principal, mas de uma promoção de ocasião, rsrs

Há mais ou menos 1 mes, eu recebi um e-mail de uma loja virtual da qual sou cliente fiel há muitos anos com as promoções de coleções de livros. Fui conferir já que já dei sorte com vários livros que estava "namorando", mas andava enrolando pra comprar por causa (da falta) do bendito 'cash'. E dei de cara com os 3 livros da saga Aléxandros de Valério Massimo Manfredi praticamente de graça!
Ora, quando damos de cara com livros que em média custam em torno de 60 reais separadamente, vendidos juntos por 20 reais, temos mais é que aproveitar, pois essas ofertas raramente batem na nossa porta (ou seria melhor dizer na nossa caixa de e-mail?) duas vezes, não é mesmo?
Pois é, pois é... "Arrematei" os 3 livros que estavam por 153 dindins por módicos 19,90! o.O E valeu cada centavo, pois estou amando capitulo!



Mas parando com a minha crise de ostentação de sorte literaria, rsrs, vamos aos livros:

Li o primeiro volume - Aléxandros: O sonho de Olympias - em 1 semana, e o livro não é fininho não, embora seja mais fino do que os que costumo comprar, tem 310 paginas muito bem escritas de forma não apenas instrutiva, já que nos tras muita informação historica que raramente lemos em livros de historia, mas que prende o leitor do inicio ao fim do livro.

Bem, eu sempre me apaixono por personagens femininas, já que acabo me identificando mais com elas do que com os homens dos livros por motivos óbvios, mas foi dificil não me identificar com Alexandre, Ptolomeu e até mesmo Felipe, que foram retratados de forma mais humana do que estamos acostumados a ver dentro da propria saga desse famoso rei macedonico que conseguiu conquistar magistralmente um dos maiores imperios da historia em apenas 10 anos de campanha militar.
Olympias e Cleopatra também aparecem bastante, e são bem trabalhadas em suas personalidades, medos e desejos de acordo com o papel feminino da mulher da nobreza da época. Adorei ver uma Olympia que não se importava com as outras mulheres de Felipe porque isso era mais do que normal em seu tempo, e que na verdade temia ser posta de lado pra não perder sua influencia na corte já que era uma rainha estrangeira num reino extremamente xenofobico, sabendo que isso não afetaria somente ela, mas também a seus filhos. Aliás, a humanidade de Felipe e Olympias dá um tom mais interessante na historia, já que estamos acostumados a ver um casal que se odeia e que deseja a morte do outro acima de tudo.

Neste romance, dividido em 2 capitulos, Ptolomeu não é posto como irmão bastardo de Alexandre, mas sim um de seus melhores amigos, aliás, um dos mais instruidos, se não for o mais. Na verdade, o autor se preocupa pouco com as mulheres e filhos secundarios de Felipe, apenas cita Arrhidaios, o meio- irmão deficiente mental de Alexandre que viria a sucede-lo futuramente. Aliás, gostaria muito de saber como o autor resolveria esse impasse, caso resolva citar a sucessão de Alexandre no final do terceiro livro, já que Arrhidaios acaba se casando com Adea Euridice, filha de Cinane, que também era meia-irmã de Alexandre e Arrhidaios... Mas acho que a trilogia deva encerrar na morte de Alexandre mesmo, sendo totalmente dispensavel a presença dos outros filhos de Felipe.

Bem, eu ainda estou na metade do segundo livro - Alexandros: As areias de Amom - mas ja me deliciando ao conhecer melhor artistas como Lisipo e Apeles, que ajudaram a eternizar a imagem de Alexandre, além de outras obras que fazem parte das mais importantes da história da arte! Aliás, Lisipo, Apeles e a musa Kampkaspe merecem um post a parte. E estou ansiosa para ver como Thais de Atenas será introduzida, já que ela entrou para a história como a mulher que deu a idéia de incendiar Persepolis durante as bebedeiras do banquete macedônio após a conquista da cidade.

Outro aspecto interessante da trilogia é o fato de se fiar no já tão batido e polemico clichê da suposta homossexualidade de Alexandre e de seu affair com Hefestion, que convenhamos, se torna totalmente desnecessario diante da magnifica saga desse jovem rei. Achei uma excelente escolha do autor não levar a história pra esse lado como a grande maioria dos autores costumam fazer. E eu não sou homofobica, muito pelo contrario, tenho diversos amigos e amigas gays e sou a favor do casamento homossexual e totalmente contra ao preconceito que sofrem, mas sou obrigada a admitir que o Alexandre de Oliver Stone se tornou tão apelativo ao dar uma exagerada importancia ao homossexualismo que chegou a ofuscar a lenda do rei no filme. Acho que foi por isso que acabei simpatizando tanto com a versão de Manfredi, apesar de ter gostado bastante do filme de Stone.



Anywayz, quando finalizar o ultimo livro - Aléxandros: Os Confins do Mundo - pretendo vir registrar minhas impressões na minha pseudo critica historica literaria, já que Ptolomeu já está registrando a dele durante a campanha contra Dario!

;)



2 comentários:

  1. Fez uma ôtima compra! E o texto parece sensacional. Estou ansioso para ver qual será sua opinião final ao concluir os três livros!
    Um detalhe que perdi: os livros seguem uma mesma história, ou relata os personagens por separado, sem se apoiar no livro anterior?

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  2. Os livros são sequencia um do outro sim, mas podem ler em separado, caso o leitor não consiga comprar os 3 juntos ou em sequencia, pois não perdem o sentido.
    Realmente estou amando! Ta dificil parar de ler pra deixar um pouco pro dia seguinte ;)

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